segunda-feira, 8 de março de 2010

Vamos refletir???

Jabor - Gostem ou não, o texto é imperdível!



-Brasileiro é um povo solidário. Mentira. Brasileiro é babaca.
Eleger para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari, só porque tem uma história de vida sofrida;
Pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução para pobreza;
Aceitar que ONG's de direitos humanos fiquem dando pitaco na forma como tratamos nossa criminalidade. ...
Não protestar cada vez que o governo compra colchões para presidiários que queimaram os deles de propósito, não é coisa de gente solidária.
É coisa de gente otária.
- Brasileiro é um povo alegre. Mentira. Brasileiro é bobalhão.

Fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada.
Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo, ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmo que contar piada no enterro do pai.
Brasileiro tem um sério problema.
Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ri feito bobo.

- Brasileiro é um povo trabalhador. Mentira.

Brasileiro é vagabundo por excelência.
O brasileiro tenta se enganar, fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de Marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos do povo..
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver um deputado receber 20 mil por mês, para trabalhar 3 dias e coçar o saco o resto da semana, também sente inveja e sabe lá no fundo que se estivesse no lugar dele faria o mesmo..
Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários do bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo.
- Brasileiro é um povo honesto. Mentira.

Já foi; hoje é uma qualidade em baixa.
Se você oferecer 50 Euros a um policial europeu para ele não te autuar, provavelmente irá preso.
Não por medo de ser pego, mas porque ele sabe ser errado aceitar propinas.
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão, pensa intimamente o que faria se arrumasse uma boquinha dessas, quando na realidade isso sequer deveria passar por sua cabeça.


- 90% de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira.

Já foi.
Historicamente, as favelas se iniciaram nos morros cariocas quando os negros e mulatos retornando da
Guerra do Paraguai ali se instalaram.
Naquela época quem morava lá era gente honesta, que não tinha outra alternativa e não concordava com o crime.
Hoje a realidade é diferente.
Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como 'aviãozinho' do tráfico para ganhar uma grana legal.
Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora, porque podem matar 2 ou 3 mas não milhares de pessoas.
Além disso, cooperariam com a polícia na identificação de criminosos, inibindo-os de montar suas bases de operação nas favelas.

- O Brasil é um pais democrático. Mentira.

Num país democrático a vontade da maioria é Lei.
A maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numa troca de tiros, foi executado friamente.
Num país onde todos têm direitos mas ninguém tem obrigações, não existe democracia e sim, anarquia.
Num país em que a maioria sucumbe bovinamente ante uma minoria barulhenta, não existe democracia, mas um simulacro hipócrita.
Se tirarmos o pano do politicamente correto, veremos que vivemos numa sociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e suas MPs), seguido de duques, condes, arquiduques e senhores feudais (ministros, senadores, deputados, prefeitos, vereadores).
Todos sustentados pelo povo que paga tributos que têm como único fim, o pagamento dos privilégios do poder. E ainda somos obrigados a votar.

Democracia isso? Pense !

O famoso jeitinho brasileiro.
Na minha opinião, um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou a política brasileira.
Brasileiro se acha malandro, muito esperto.
Faz um 'gato' puxando a TV a cabo do vizinho e acha que está botando pra quebrar.
No outro dia o caixa da padaria erra no troco e devolve 6 reais a mais, caramba, silenciosamente ele sai de lá com a felicidade de ter ganhado na loto... malandrões, esquecem que pagam a maior taxa de juros do planeta e o retorno é zero. Zero saúde, zero emprego, zero educação, mas e daí?
Afinal somos penta campeões do mundo né?? ?
Grande coisa...

O Brasil é o país do futuro. Caramba , meu avô dizia isso em 1950. Muitas vezes cheguei a imaginar em como seria a indignação e revolta dos meus avôs se ainda estivessem vivos.
Dessa vergonha eles se safaram...
Brasil, o país do futuro !?
Hoje o futuro chegou e tivemos uma das piores taxas de crescimento do mundo.

Deus é brasileiro.
Puxa, essa eu não vou nem comentar...

O que me deixa mais triste e inconformado é ver todos os dias nos jornais a manchete da vitória do governo mais sujo já visto em toda a história brasileira.
Para finalizar tiro minha conclusão:


O brasileiro merece! Como diz o ditado popular, é igual mulher de malandro, gosta de apanhar. Se você não é como o exemplo de brasileiro citado nesse e-mail, meus sentimentos amigo, continue fazendo sua parte, e que um dia pessoas de bem assumam o controle do país novamente.
Aí sim, teremos todas as chances de ser a maior potência do planeta.
Afinal aqui não tem terremoto, tsunami nem furacão.
Temos petróleo, álcool, bio-diesel, e sem dúvida nenhuma o mais importante: Água doce!

Só falta boa vontade, será que é tão difícil assim?


Arnaldo Jabor

Pensadores Iluministas

Filósofos Iluministas
No Iluminismo, os principais filósofos foram: Locke, Montesquieu, Voltaire e Rousseau. As idéias desses filósofos foram o lema que dirige a sociedade burguesa: "Liberdade, Igualdade e Fraternidade". É com estes filósofos que se forma toda a estrutura social que vivemos hoje = a sociedade burguesa. Houve também os economistas que vão gerar o sistema capitalista liberal que vivemos hoje = o neoliberalismo.
John Locke: Locke foi um filósofo que atacou a concepção absolutista de Thomas Hobbes = o mundo vivia num caos, mas o homem criou o governo e formou-se a sociedade civil, essa sociedade foi feita em um acordo entre o governante e o governado e esse acordo jamais poderia ser rompido e essa impossibilidade de romper o contrato caracterizava o absolutismo. Locke concorda com a sociedade civil (o contrato), porém o contrato não só pode como deve ser rompido se o governante mostrar ser um mau governante = acaba o absolutismo. Se o rei é ruim, tira-o e põe outro. Isso existe até os dias de hoje.
O primeiro país que trouxe na sua constituição o princípio de Locke foram os Estados Unidos.
Locke também disse que os direitos individuais são dons, são nossos, ninguém pode mexer, as nossas habilidades e aquilo que conseguimos através delas também é nosso. Fala-se do individualismo das pessoas na sociedade e sobre a propriedade privada que pertence a uma determinada pessoa.
A teoria de Locke serve corretamente para a burguesia: direitos individuais assegurados, propriedade privada inviolável e a possibilidade de tirar os governantes se não estiverem atendendo a seus interesses.
Resumo: ataca Hobbes. Diz que podemos retirar o governante do poder se ele não estiver sendo bom; diz que a propriedade é um bem inviolável e defende o individualismo que cada pessoa tem.
Montesquieu: Montesquieu também vai combater o absolutismo, principalmente as idéias de Maquiavel = o rei pode fazer o que quiser, porque está acima das nossas regras morais e éticas. Montesquieu falava que isso está errado, porque quando uma pessoa detém todos os poderes na sua mão, essa pessoa faz mau uso do poder. Então ele diz que só se combate o poder com o poder, para isso deve-se fracionar o poder que é uno em três, então Montesquieu cria a tripartição dos poderes: 1-)Legislativo 2-)Executivo 3-)Judiciário.
Resumo: combate Maquiavel. dizia que o rei não podia ter poderes totais, porque ele faria mau uso do poder. Então, "somente o poder detém o poder" = cria-se a tripartição do poder em: executivo, legislativo e judiciário.
Voltaire: é o mais irreverente. Expõe sua filosofia em romances (mais fácil de ler). Ele diz que o Estado (monarquia) deve ser dirigido por um rei filósofo, ou então, um rei que tenha ministros filósofos, então ele defende a razão e os princípios iluministas para dirigir o Estado.
Resumo: ele defende a razão e os princípios iluministas par dirigir o Estado. O rei deve ser filósofo ou ter ministros filósofos.
Jean-Jaques Rousseau: Rousseau é o mais radical de todos, ao invés de ver os problemas da burguesia, ele vê os problemas do povo. Ele vai analisar as causas da pobreza e vai chegar à conclusão de que os problemas da sociedade na qual vivia eram causados pela propriedade privada (depois que ela veio, veio junto a pobreza) = isso vai contra os desejos da burguesia que defendia a propriedade privada, então Rousseau será um filósofo pobre (quem patrocinava os filósofos era a burguesia e como ele era contra os interesses desta, não receberá dinheiro).
Rousseau é um filósofo romântico, porque propõe a volta antes dos maus acontecerem. Por isso ele cria o mito do Bom Selvagem = o índio que vivia feliz e contente sem a propriedade privada. Esse mito pode ser comparado a uma criança que é pura, mas depois ela se torna ambiciosa (por causa da sociedade competitiva e da propriedade privada) e começam os problemas da sociedade.
Ele propõe a democracia = o governo do povo. É o único que fala em República (coisa do povo). "Devemos obedecer a voz da maioria". Ele é tão radical que vão considerá-lo o 1.º socialista, mas não foi. Socialismo só no séc. XIX (ainda está no XVIII).
Resumo: fala em igualdade social, democracia (o poder emanando da maioria), faz crítica à sociedade e à propriedade privada através do mito do Bom Selvagem.
Diderot e D'Alembert: eles vão juntar todo o saber burguês existente naquela época (fazem um convite a vários filósofos iluministas) em um Enciclopédia. Demoram 30 anos para fazê-la. Estando em livros, as pessoas que não podiam ver os filósofos, poderiam saber sobre suas idéias. Com isso, as idéias se espalharam com maior facilidade, ajudando a derrubar o Antigo Regime.
Resumo: vão juntar todo o saber burguês em uma Enciclopédia e fazendo assim, mais pessoas poderiam saber sobre as idéias dos filósofos e assim espalham os ideais para derrubar o Antigo Regime.
A sociedade (burguesa) na qual vivemos hoje é fruto das idéias feitas pelos filósofos do iluminismo que fazem uma série de idéias compostas na frase: "Liberdade, Igualdade e Fraternidade".

sexta-feira, 5 de março de 2010

Minhas hipóteses sobre a evolução humana

Na Terra surgiu o ser humano, um ser complexo e, por isso mesmo, inferior. Ele precisava se alimentar dos raios do sol, porque, naquela época, nem vegetais havia ainda. Era para isso que existia a apêndice (que dá apendicite), a qual foi sendo desativada assim que o ser humano foi encontrando novas vidas (descendentes dele, como, por exemplo, o macaco) que serviriam para variar sua dieta. Felizmente, naquela época não existia capitalismo ou consumismo, por isso foi possível a sobrevivência dos outros seres sem serem consumidos ou extintos antes.

Em alguns lugares da Terra, o clima era frio demais para ser suportado pelos seres humanos, os quais, então, decidiram se cobrir com peles de seus descendentes mais evoluídos. Era “quente”, bom, confortável e isso satisfez o homem. Até um dia que, sem mais o que fazer e por um instinto de pura ociosidade, digo, de competitividade, esses homo alguma coisa começaram a se disputar pela pele “mais quente” e, quando todos já tinham peles quentes, decidiram disputar quais cortes eram mais bonitos, coloridos e raros. Assim, os homens simplesmente foram se esquecendo de qual era a verdadeira necessidade das peles e começaram a praticar arte. À arte das peles, eles denominaram moda.

Isso tudo porque a necessidade de expressão humana costumava invadir todas as outras necessidades... Em tudo o homem acrescentava sua expressão, e por isso essas coisas viraram artes (algo muito mais prazeroso). Essa arte era o único trunfo dos seres humanos sobre seus descendentes, porém era usada pra suprimir tédio e insatisfação, coisas que os outros seres vivos não tinham.

Tão preocupados com sua arte – ou seja, a expressão de seu ego –, os humanos começavam sua devastação da Terra. Descobriram a escrita, descobriram as árvores e daí o papel, descobriram os livros. Descobriram a televisão, o consumo e a alienação e foram esquecendo os livros.

A alimentação
Os seres humanos começaram a variar seu cardápio e, logo que descobriram o fogo, puderam fazer comidas cada vez mais apetitosas e novamente o instinto insatisfeito dos humanos vigorou e os fez começar uma nova disputa: quem comia mais, qual comida era mais gostosa etc., e nisso os outros seres superiores iam ficando em desvantagem na pirâmide alimentar.

Alguns seres humanos, cansados de se sujarem tanto e terem tanta dificuldade em comer a carne dos outros animais, inventaram os talheres. A cultura dos talheres e da facilidade do seu uso foi se disseminando por quase todo o Ocidente e assim as comunidades passaram a comer dentro de seus pratos e a cortar com faca.

Logo, como não podia deixar de ser, o instinto ocioso voltou a aparecer e algumas pessoas acharam que comer era muito selvagem e instintivo então (agindo por um outro instinto já citado), decidiram criar as regras de etiqueta, as quais não se resumiam apenas à alimentação. Mais uma vez os seres humanos foram se deixando levar por hábitos e nunca pensaram se havia mesmo necessidade de “troca de talheres”, pensaram na disposição dos mesmos pela mesa e se era permitido ou não assoprar a sopa para que esta esfriasse mais rápido. Eles o faziam por educação.

Educação?
Não se sabe ao certo quando ou porque a educação foi inventada, mas certamente foi uma das poucas coisas realmente necessárias criadas para a sobrevivência do homem. Afinal, como o homem era um ser mais falante do que pensante e, apesar de inferior, dominante, era preciso reverter um pouco os costumes humanos e fazê-los pensar um pouco antes de falar. Ainda levados pelo instinto ocioso, o qual determinou, como podem ver, tudo na história humana, os homens começaram a observar as coisas e a se perguntar o porquê delas. Ao encontrar respostas, decidiram divulgá-las a partir da educação.

E educação era essa arte do saber, até que então os seres humanos mais uma vez foram esquecendo a verdadeira necessidade das coisas e reverteram o sentido da educação de “a arte do saber” para “a arte de parecer (saber)”. E isso é o que se entende por etiqueta. E isso é o que se entende por educação nos dias do hoje.

Locomoção
No início os homens andavam ou corriam. Isso bastava para suas necessidades, afinal, não era preciso se locomover muito além de sua aldeia. Mas logo a comunidade foi crescendo, o homem foi se socializando, sua necessidade de expressão inventou a fala que inventou ouvintes e a necessidade cada vez maior de mais ouvintes foi gerando invenções como fofocas, cartas, telégrafos, telefones, e-mails, salas de bate-papo, ICQ, MSN... enfim, esse foi o processo do meio de locomoção das palavras e da conversa, cada vez mais evoluído (não em termos de conteúdo, afinal os homens, como já foi visto, têm o prazer de tornar as coisas desnecessárias), fácil e rápido. O mesmo aconteceu com a locomoção propriamente dita.
Os homens começaram a usar animais para carregá-los – ou escravos, o que dava no mesmo –, inventaram novas tecnologias e formas de transformação de energia, podiam caminhar sobre as águas, a terra e mesmo sobre o ar. Não havia mais obstáculos (a não ser os icebergs, os urubus nas turbinas, as lombadas, os semáforos, os guardas, os pedestres...). Inventaram transportes coletivos para diminuir desconfortos para o meio-ambiente e para o trânsito, mas os homens, como bons estúpidos e egocêntricos, preferiram ter carros só seus.

E assim, mais uma vez, a “desnecessidade” foi invadindo as artes das necessidades (como no caso da alimentação e da educação), e as pessoas começaram a se interessar pelo carro mais veloz, bonito, econômico, espaçoso... Algumas coisas até necessárias, mas resultantes de coisas desnecessárias como, por exemplo, o dinheiro. O mesmo aconteceu com o meio de locomoção das palavras e o IRC foi substituído pelo ICQ, o qual, por sua vez, foi substituído pelo MSN com webcam ("Agora você pode usar uma webcam ao vivo para mostrar aos amigos quem você realmente é!" – ou seja, nos dias de hoje (ou nos de sempre?), o ser humano realmente é aquilo que sua aparência mostra).

A beleza da arte ou a arte da beleza?
Os homens, seres insatisfeitos, descobriram na arte o melhor meio de curar todo tédio que sentiam. Surgiu então “a arte pela arte”, ou seja, algo que já nascia dentro da própria desnecessidade, e não de coisas necessárias como roupa, locomoção, alimento etc. Os homens começaram a fazer blogs primitivos que não passavam de pinturas em suas cavernas as quais contavam sobre seu dia, a caça e seu modo de viver ou mesmo colocavam figuras bonitinhas que não piscavam nem se mexiam – nem eram cor-de-rosa.

Com a evolução, apareceram os diarinhos virtuais, as Patys com seus gifs piscantes, com figuras abomináveis e distorcidas (tanto quanto era na época das cavernas) – mas se mexiam e eram cor-de-rosa! E também apareceu a pura encheção de lingüiça que fala sobre “o nada”, conhecido como filosofia, política, cultura ou humor. Mas, antes disso, surgiram os livros que derrubaram muitas árvores, o teatro, os quadros, as esculturas, a fotografia, o cinema, a televisão... Tudo para curar o eterno tédio do homem.

Mas de tanto que as belas artes foram retratando “belezas”, houve uma inversão em seu sentido original: ao invés de expressar a beleza em si própria, a arte mostrava a beleza alheia. Afinal, as coisas bonitas sempre atraíram os homens, e se a beleza viesse dos próprios homens, isso agradava bastante – e era mais lucrativo. De repente, as pessoas encontraram o artista dentro de si – pois todo o homem tem essa necessidade de expressão – e não encontraram melhor forma de exteriorizar isso do que se tornando a própria obra de arte: começaram a esculturar-se a si próprios.

Acontece que, ao invés de beleza, as pessoas começaram a procurar um padrão – nem todo mundo consegue ser criativo – nem sempre acessível a todos, o que tornou o ser humano cada vez mais esforçado em encontrar uma beleza às vezes impossível. Surgiu então a cirurgia plástica: prima rica das artes plásticas.

Verdade mesmo é que essa arte se tornou popular a partir do momento em que as outras artes começaram a ser suplantadas pela televisão. Na TV, como no teatro, era necessário mostrar pessoas e, é claro, como em toda parte, essas pessoas deveriam mostrar beleza. Como a arte da televisão foi ficando cada vez mais deficiente, as pessoas começaram a ter acesso apenas à “arte da beleza corporal”. Isso aliado ao consumismo e ao capitalismo – o que somados geram alienação – tornou as pessoas verdadeiras consumidoras de beleza corporal, esquecendo – para o bem do capitalismo, é claro – da beleza cultural à qual dificilmente tinham (têm) acesso.

Esporte

O esporte nada mais é, obviamente, do que aquele instinto de competitividade do homem posto em prática. Algo com muitos lados positivos: tira o tédio, a depressão e faz bem à saúde. Verdade é que, se saúde engordasse, ninguém hoje em dia praticaria esporte, mas os humanos teimam em dizer que a geração atual é a "geração saúde". E essa "geração saúde" está cada vez mais cheia de mulheres bonitas e saradas, atraindo parceiros cada vez mais bonitos e musculosos gerando mais filhos saudáveis, lindos e fortes... Aí está a evolução da espécie atual.

(Em breve o cérebro também não será mais necessário e o homem passará a ser como os passarinhos: com belas penas coloridas e irracional. Isso vem comprovar a teoria de que o homem é a espécie mais inferior da natureza e que a evolução só será plena quando o raciocínio for extinto.)

Um dos esportes mais cultuados no mundo atual é o lucrativo, digo, emocionante futebol. (Nada melhor para um país como o Brasil do que isso, afinal essa é uma das poucas formas de se conseguir – e bastante! – o querido, amado e mais importante que qualquer outra coisa dinheiro.)

Dinheiro
Não se sabe se foi a maior obra do capitalismo (ou se a maior obra do último foi o caos total e a desgraça), mas o dinheiro é o recurso de sobrevivência mais importante para os humanos civilizados. Sem ele, os seres humanos não têm direito à dignidade, justiça, direitos, moradia, comida, saúde, educação e nem mesmo direito de fazer xixi ou cocô no terminal rodoviário do Jabaquara. Por isso as pessoas literalmente se matam para consegui-lo. A contradição disso tudo é que justamente os que não fazem nada são os que detêm a maior parte.

Por causa do dinheiro produzido através do capitalismo e para produzi-lo, o meio-ambiente é destruído, as pessoas são destruídas (apenas a população pobre ou miserável, ou seja, a maioria), as artes são destruídas, os cérebros são destruídos... Assim é que o dinheiro possibilita uma maior evolução do homem do que o próprio esporte: nos transformará – e à toda a Terra – em átomos.

Religião

Também foi criada pelo instinto ocioso, embora os homens insistam em acreditar que não. Um dia, um dos primeiros dias da existência humana, o homem observou toda aquela arte que não era obra de si mesmo, mas sim da natureza, e seguindo um raciocínio lógico (mais tarde conhecido como sofisma) tratou de explicá-la como sendo obra de seres divinos: os deuses. Seguindo esse raciocínio, como só os homens eram capazes de criar arte, só um homem (ou vários) mais evoluído(s) poderia(m) ter criado tudo que o havia de bonito na natureza – e não ela mesma. (A falha dessa lógica é o fato de ser necessário existir também outros deuses que criassem esses deuses, o que fazia essa teoria retornar ao ponto de partida...)

Mais tarde, fruto novamente do ócio, apareceram profetas os quais reinventavam a religião, porém a mesma lógica (sofisma) era mantida – ou seja, a mudança era apenas aparente. Ainda assim, como a educação era ou inexistente ou pouco divulgada, os humanos lutavam, guerreavam, brigavam e matavam para defender seus ideais, os quais, por falta de inteligência ou fanatismo, eles não percebiam que eram os mesmos de ambos os lados.

Com a evolução humana e a educação sendo distribuída a alguns, começaram a aparecer pensadores, filósofos e cientistas com pensamentos mais sofisticados capazes de explicar – e provar – algumas das obras da natureza. Apesar de os seres humanos obterem respostas sobre o funcionamento e origem dessas obras, o costume e os dogmas da religião (aliados à ignorância e ao desequilíbrio do ser humano) não permitiram que esta última fosse extinta (ainda que logicamente ela não fosse mais necessária; além do mais, ainda restavam dúvidas e os seres humanos temiam não poder ter todas as respostas...)

E que dúvidas eram essas? Os humanos, como já sabemos, são eternos egoístas e insatisfeitos e não aceitam a morte. Mesmo vendo que tudo no universo tem seu fim – sendo vivo ou não –, o homem não soube aceitar que ele também teria o seu. Isso porque, na cabeça de todo ser humano, existe a crença de que ele é um ser especial demais para simplesmente terminar e, sendo assim, ele acha(va) que viverá(viveria) para sempre.

E não só para "solucionar" esse problema existencial, a religião foi criada. A religião, assim como o dinheiro e a moral, foi(foram) criada(criados) para pôr uma "rédea" nos próprios seres humanos, para que eles não prejudicassem mais ainda o lugar em que vivem(viviam) e às outras pessoas. Claro que não haveria mais essa necessidade, se existisse educação de verdade para todo mundo; seria até melhor porque ao invés de rédeas, a educação criaria consciência. Apesar disso, a maioria dos seres humanos são gananciosos e estúpidos demais para entender.

Outro problema que o ser humano criou, e vem se popularizando cada vez mais com o passar do tempo, é o problema psicológico. Por causa dele, os seres humanos também recorrem à religião. Sendo o homem um ser muito egocêntrico, começara a se sentir sozinho, pois não encontrava solidariedade para resolver seus problemas. O homem encontrou saída no(s) seu(s) deus(es), afinal apenas deus – sendo um homem perfeito – poderia ouvir seus problemas e quem sabe solucioná-los. Essa solução nada mais era que o resultado da fé humana – em ser curado ou em ser simplesmente ouvido. Um médico logicamente poderia também ajudar o homem, tanto um médico do corpo como um médico da mente: o psicólogo. Mas a ignorância – e a pobreza, pois sabemos que saúde só é acessível àqueles que possuam dinheiro – das pessoas mais uma vez não deixou que elas percebessem que essa cura não vinha de deus e sim delas mesmas. Isso porque essa "cura" aliada à resposta de suas dúvidas era algo muito bem-vindo aos humanos ingênuos e, como sempre, sozinhos...



QUESTAO:


- Faça a leitura do texto e a partir do que foi lido e entendido sobre o que foi a evolução humana escreva um texto com as suas próprias idéias sobre o processo evolutivo do homem, considerando os avanços e retrocessos.